ONG do bem!

A ONG do Bem foi criada para auxiliar e interagir com as pessoas que procuram a beleza a qualquer custo. O blog tem a intenção de esclarecer dúvidas e ajudar pessoas que colocaram sua saúde em risco, também dá apoio a familiares e pessoas que convivem com esse tipo de distúrbio.

sábado, 17 de outubro de 2009

Vale tudo pela beleza?


Bem-estar e a qualidade de vida:


Desde o princípio dos tempos as pessoas procuram alcançar o ápice da beleza e fazem de tudo por este ideal.

Nos últimos anos essa busca tem se dado mais através das mulheres, seguidas de perto pelos homens e até mesmo pelas crianças.
Ter um corpo "perfeito" nem sempre é sinal de saúde, percorrer os traços ideais do rosto nem sempre é sinônimo de beleza. Os seios avolumados às vezes não combinam com a postura dos ombros. Vale sempre lembrar que o mais importante é ter harmonia no conjunto.
Hoje estar magro, esbelto, lábios carnudos, cabelos coloridos, cílios longos e olhos delineados, expressa a possibilidade de alegria, satisfação e poder, elevando assim a auto-estima.

Porém a prática constante de métodos para alcançar a beleza plena deve sempre estar acompanhada essencialmente da responsabilidade na execução dos serviços e escolha adequada dos produtos.
Um exemplo disso foi o que ocorreu na busca frenética por cabelos lisos. Mulheres começaram a utilizar o método de escova progressiva, que consistia em alisar os fios à base de formol, em quantidades não recomendadas e autorizadas pela ANVISA.


O Brasil é o 3º país do mundo que mais consome produtos cosméticos e de higiene pessoal.


A moda é ser natural, verdadeira, é usar e abusar dos truques sem se ferir, é olhar o conjunto, enfim é trabalhar e se modificar com consciência.
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Cirurgia plástica em adolescentes, necessidade ou vaidade?


O período da adolescência, de acordo com definição da OMS - Organização Mundial da Saúde), vai dos 10 aos 20 anos e compreende o período de transição entre a infância e a idade adulta.

É um tempo marcado por diversas transformações corporais, hormonais e comportamentais - muitas adolescentes apresentam os primeiros sinais de insatisfação e dúvidas, principalmente, com o corpo, ainda mais numa sociedade onde existe uma busca desenfreada pela perfeição estética. O descontentamento com as características corporais tem impelido muitas garotas a buscarem na cirurgia plástica a solução para o seu 'problema'.


De acordo com uma pesquisa feita para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-SBCP, tem crescido a procura de cirurgias plásticas estéticas entre as adolescentes. Mas, qual o impacto dessa situação? Como os pais podem lidar com esse desejo de seus filhos? "Entre os fatores que influenciam as adolescentes a recorrerem à cirurgia plástica estão a opinião de amigos e o padrão de beleza que é imposto, no dia-a-dia por desfiles de moda, novelas e campanhas publicitárias, levando essas garotas a desejarem ter um corpo perfeito", avalia Dr. Alan Landecker (CRM-SP 87.043), Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e autor do livro Cirurgia Plástica - Manual do Paciente. Mas se submeter a uma cirurgia plástica nesta fase é realmente uma necessidade física ou é pura vaidade, satisfação do ego? Na opinião do especialista é necessário avaliar o tipo de cirurgia que a adolescente deseja, idade, maturidade corporal e emocional, já que as cirurgias mais procuradas são mama, lipoaspiração, nariz e orelha.


Gostaríamos de agradecer Dr.Alan Landecker,especialista em Cirurgia Plástica pela participação.


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Bulimia nervosa



Bulimia nervosa é uma disfunsão alimentar. Tem incidência maior a partir da adolescência e prevalência de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres. A pessoa bulímica, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa. Além disso, deve estar presente uma sensação de que se é incapaz de controlar o que se come, bem como movimentos no sentido de compensar a "farra" alimentar.


Outro item diagnóstico é a percepção de uma avaliação do indivíduo calcada exageradamente em critérios corporais, como se qualquer alteração na forma alterasse a própria existência do indivíduo como um todo. Para "compensar" o ganho de peso, o bulímico exercita-se de forma desmedida, vomita o que come e faz uso excessivo de purgantes, diuréticos e enemas.

Essas pessoas podem ainda jejuar por um dia ou mais também na tentativa de compensar o comer compulsivo, muitas vezes entrando em um repetivivo ciclo de intensa restrição alimentar alternadas com farras culposas que o levam ao sistema compensatório. A própria restrição alimentar excessiva pode ser uma das desencadeadoras dos episódios compulsivos.


O bulímico geralmente se encontra com peso normal, levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à magreza da anorexia). Essa aparência de normalidade muitas vezes dificulta que se identifique o problema, o que muitas vezes leva a uma demora em se procurar ajuda.
Pacientes bulímicos costumam envergonhar-se de seus problemas alimentares e, assim, buscam ocultar seus sintomas. Dessa forma, as compulsões periódicas geralmente ocorrem sem o conhecimento dos pais, dos amigos ou das pessoas próximas.
Após a bulimia ter persistido por algum tempo, os pacientes podem afirmar que seus episódios compulsivos não mais se caracterizam por um sentimento agudo de perda de controle, mas sim por indicadores comportamentais de prejuízo do controle, tais como dificuldade a resistir em comer em excesso ou dificuldade para cessar um episódio compulsivo, uma vez que iniciado.

A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulimíco não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais - uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar.

Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta). É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome.

O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.




Caso Ana Carolina Reston Mancan


Vamos apresentar um breve caso de Anorexia nervosa:


A modelo Ana Carolina Reston Macan nasceu em Jundiaí de uma família de classe-média. Desde criança sonhou ser modelo. Depois de vencer um concurso no interior de São Paulo chamou a atenção das agência de modelo aos 13 anos. No mês passado, estava com viagem marcada para sessão de fotos em Paris. Por estar muito magra teve alguns trabalhos recusados. As agências sabem mais do que ninguém o custo de ações legais destes tipos de caso. Entretanto, modelos cadavéricas continuam a desfilar nas passarelas mais chiques do mundo da moda. Ana Carolina foi internada no dia 25 com insuficiência renal pesando apenas 40 kg. Rapidamente seu quadro piorou e teve infecção generalizada. Morreu aos 21 anos. Era bela, jovem e com toda uma carreira pela frente. Valeu a pena?
Ana Carolina é o sonho que muitas meninas gostariam de ser.A anorexia nervosa virou mania entre adolescentes e mulheres que são escravas do ideal de beleza "esqueleto ambulante".


Anorexia não é uma mania. Ela é uma complexa doença que envolve fatores fisiológicos, psicológicos e sociais.Uma em cada dez mulheres que sofrem de anorexia morre (números conservadores).


A cura não é fácil e exige apoio familiar, porque é uma doença com raízes psicológicas. O primeiro passo e o mais importante é convencer o anoréxico que está doente. Que não é perseguição, mas que deve ser tratado antes que seja tarde demais. Motivar e apoiar o anoréxico é importante em sua recuperação. Motivar e apoiar as mulheres a reverter o quadro é importante na nossa conquista por uma vida melhor e mais justa.

Anorexia nervosa

Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultado da preocupação exagerada com o peso corporal, que pode provocar problemas psiquiátricos graves. A pessoa se olha no espelho e, embora extremamente magra, se vê obesa. Com medo de engordar, exagera na atividade física, jejua,vomita, toma laxantes e diuréticos. É um transtorno que se manifesta principalmente em mulheres jovens, embora sua incidência esteja aumentando também em homens. Às vezes, os pacientes anoréxicos chegam rapidamente à caquexia, um grau extremo da desnutrição e o índice de mortalidade chega a atingir 15% a 20% dos casos.

Sintomas
·Perda exagerada de peso em curto espaço de tempo sem nenhuma justificativa. Nos casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17;
·Recusa em participar das refeições familiares. Os anoréxicos alegam que já comeram e que não estão mais com fome;
·Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos. Esses pacientes chegam a ingerir apenas 200kcal por dia;
·Interrupção do ciclo menstrual (amenorréia) e regressão das características femininas; ·Atividade física intensa e exagerada;
·Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-compulsivos;
·Visão distorcida do próprio corpo. Apesar de extremamente magras, essas pessoas julgam-se com excesso de peso;
·Pele extremamente seca e coberta por lanugo (pêlos parecidos com a barba de milho).

Causas
Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença: predisposição genética, o conceito atual de moda que determina a magreza absoluta como símbolo de beleza e elegância, a pressão da família e do grupo social e a existência de alterações neuroquímicas cerebrais, especialmente nas concentrações de serotonina e noradrenalina.

Recomendações
·Algumas profissões são consideradas de risco para a anorexia. Bailarinas, jóqueis, atletas olímpicos, precisam estar atentos para a pressão que sofrem para reduzir o peso corporal;
·A faixa etária está baixando nos casos de anorexia. A família precisa observar especialmente as meninas que disfarçam o emagrecimento usando roupas largas e soltas no corpo e se recusam a participar das refeições em casa;
·Às vezes, os familiares só se dão conta do que está acontecendo quando, por acaso, surpreendem a paciente com pouca roupa e vêem seu corpo esquelético, transformado em pele e osso. Nesse caso, é urgente procurar atendimento médico especializado;
·O ideal de beleza que a sociedade e os meios de comunicação impõem está associado à magreza absoluta. É preciso olhar para esses apelos com espírito critico e bom senso e não se deixar levar pela mensagem enganosa que possam expressar;
·Se o paciente anoréxico estiver correndo risco por causa da caquexia e dos distúrbios psiquiátricos deve ser internado num hospital para tratamento médico.

Tratamento
A reintrodução dos alimentos deve ser gradativa. Caso contrário provocaria grande sobrecarga cardíaca. Às vezes, é necessária a internação hospitalar para que essa oferta gradual de calorias seja controlada por nutricionistas. Não há medicação específica para a anorexia nervosa. Medicamentos antidepressivos podem ajudar a atenuar sintomas depressivos, compulsivos e de ansiedade. Em geral, o tratamento de pacientes anoréxicos exige o trabalho de equipe multidisciplinar.

Gostaríamos de agradecer ao médico Drauzio Varella pela participação.

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